A arte de canalizar com clareza
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Fala-se muito sobre canalização porém, poucos parecem compreender o que seja realmente a canalização. É uma forma de arte? Por que a fazemos? O que é considerada boa canalização? No fenômeno da canalização, quem é responsável pelo que surge? Quais são os resultados desse processo?
Espero que este artigo lance alguma luz sobre a arte da canalização – que é uma prática muito antiga, e não da Nova Era, absolutamente – e como determinar se o que se está canalizando ou ouvindo de um canal, é uma canalização clara que realmente representa a Fonte, e como podemos nos beneficiar da canalização.
Quando começou
Na antigüidade, os oráculos de Delfos, as sacerdotisas e os sacerdotes dos templos, os médiuns, videntes, feiticeiros e xamãs, eram os canais de energias dos arquétipos e dos espíritos da natureza, e até de seus próprios guias espirituais. Todas as civilizações e culturas tiveram uma forma ou outra de místicos ou de canais em transe. Com suas capacidades, eles eram capazes de penetrar em diferentes dimensões e fornecer conhecimentos que as massas não estavam treinadas para conseguir por si mesmas. Os xamãs e os sacerdotes mantiveram viva essa forma de arte, e ela pode agora ser utilizada por quase qualquer pessoa, quando desejarem.
Em muitas culturas os canais eram muito considerados, e tratados com grande respeito e honra. No entanto, através da história, muitos foram mal compreendidos e muitas vezes erroneamente acusados de praticar o mal ou rituais demoníacos, e condenados à morte acusados de bruxas ou feiticeiras.(Joana D’Arc, por exemplo). Geralmente isso era instigado por autoridades religiosas, pois não queriam que as pessoas soubessem que elas próprias eram capazes de se conectar com a Fonte.
Neste século a canalização passou por grande transformação. Hoje em dia já não é mais necessário ter um intermediário que sirva de ponte entre uma pessoa e Deus. A canalização não exige necessariamente que o canal entre em estado de transe, voltando sem nenhuma lembrança ou responsabilidade sobre o que vem através dele. Atualmente os canais têm a oportunidade de serem co-criadores no fenômeno da canalização e de estarem em igualdade com as entidades que canalizam. Cada vez mais canais estão se tornando mais conscientes do que ocorre em seu estado alterado e assumindo a responsabilidade por sua co-criação. Eles são tão claramente um canal quanto podem ser, deixando-se ficar de lado a fim de permitir que seus mentores compareçam plenamente. Utilizam as mensagens canalizadas para ajudá-los em seu crescimento pessoal.
Porém, hoje em dia ainda enfrentamos acusações similares, embora não tão radicais. Às vezes somos ridicularizados e com freqüência ainda grosseiramente mal compreendidos e temidos. Isso é devido a canais que não tiveram o treinamento adequado, que não continuam seu próprio crescimento interior, que trazem à tona certos pontos de vista questionáveis, ou que simplesmente fornecem informações erradas. Infelizmente, as pessoas que desconhecem o que é a canalização clara, tendem a considerar globalmente tanto os bons canais quanto aqueles não tão bons. Isso significa que informações valiosas são perdidas. Apesar disso, essas coisas podem significar grande experiência de aprendizado para todos nós.
O que é canalização?
Vamos esclarecer alguns mitos e nos reportar ao básico sobre canalização e canais.
Uma importante distinção precisa ser feita entre canalização e mediunidade. O termo “mediunidade” é freqüentemente usado em lugar de “canalização”. Mediunidade é um termo mais antigo e canalização vem sendo usado principalmente desde a década de sessenta. Ambos significam sintonizar finamente em um mostrador (dial) específico no espectro eletromagnético (semelhante a um rádio), que permite a conexão com outras partes de nós mesmos, com a Fonte e com outras entidades. Pode-se ser ou um médium ou um canal; algumas pessoas são ambos.
Tanto a mediunidade quanto a canalização são co-criações, embora existam diferenças entre elas. Gosto desta explicação, e a compartilho aqui com vocês com a permissão de um de meus instrutores, Shawn Randall, canalizando Torah: “Canalização é quando se está fornecendo um serviço de aconselhamento, ensinamento ou cura, para si mesmos e para os outros. Mediunização é prestar um serviço para entidades espirituais que têm suas agendas (intenções) específicas.”
Canalização
A canalização permite que nos abramos para conectar com nosso próprio Eu Superior (nossa própria essência) e com a Fonte. Ela permite que uma amorosa entidade se expresse através de nós. O foco dessa entidade é compartilhar a sabedoria, o conhecimento, a ajuda através de conselhos, a cura, o auto-poder e outras formas de criatividade que beneficiam o canal e também a humanidade como um todo. Os canais também são abastecidos de informações por um mentor, telepaticamente, sem estar completamente em transe. Canalizar é compartilhar energias, uma criação de novas energias, e um processo reflexivo, no qual o canal, o auditório, e até o ser que está sendo canalizado, estão recebendo muito desse processo.
Alguns canais mantêm os olhos abertos ou fechados, ou se movimentam enquanto canalizam; isso depende da pessoa e da forma que a canalização assume. Existem canais que falam, que escrevem, dançam, tocam ou compõem música, criam obras de arte ou novas tecnologias, ou fazem curas. Alguns são multicanais, o que significa que podem realizar várias formas diferentes de canalização, com facilidade e capacidade.
Quando devaneamos ou temos visões, estamos enterrados em um bom livro, vemos um filme, meditamos ou fazemos qualquer coisa que realmente adoramos fazer, com tal concentração e intenção que o tempo cessa de existir, podemos dizer que estamos canalizando, porque naquele momento estamos abertos para receber e estamos em um estado de consciência ligeiramente alterado, sintonizando em algo específico.
Por que canalizar intencionalmente? Somos seres divinos e criadores. Quando nos abrimos para mais do Tudo Que É, sabemos mais sobre quem somos – e as possibilidades são infinitas. “Ao aprender a entrar em contato com nossos eus biológicos e elétricos, podemos fazer de nós seres mais elevados, que transmitem o lado espiritual da vida. Quando vocês atingirem o ponto em que se pode controlar essa energia e transformá-la em uma força positiva, encontraram a parte de vocês que é Deus.”(1)
A canalização é uma forma de arte que abre a criatividade e maiores possibilidades para nós mesmos através do portal do amor e da imaginação – o portal para Deus. Através da canalização nós nos abrimos para novas esferas de conscientização e perspectiva. Ficamos mais conectados com a realidade da vida, e podemos usá-la para criar o que desejarmos.
Enquanto serviço, a canalização exige a abertura para o amor e a confiança, além da capacidade e desejo de receber; fornece maior foco, intenção, discrição, auto-conhecimento e auto-respeito. É um processo contínuo. Por outro lado, quando realizada claramente, a canalização traz mais amor, compaixão, energia, clareza, foco, ensinamento, inspiração, autorização, alternativas, soberania, alegria, sabedoria e aumento da prosperidade e do crescimento.
Uma história pessoal
Há muitos anos, quando aceitei que era um canal, comecei a estudar com instrutores que acreditava serem os melhores nesse campo. Com o prosseguimento das aulas tornei-me cada vez mais aberto e mais envolvido com meu próprio processo de crescimento, sentindo a necessidade de me confrontar com meus próprios medos em relação à canalização. Mentores espirituais, canalizados através de meus instrutores, começaram a se comunicar comigo em meu estado de sono e em meditações, ajudando-me a compreender a mim mesmo e ao que precisava para atuar.
Uma experiência foi a mais profunda para mim, porque toda a minha visão sobre a canalização mudou, tanto quanto minha vida. Uma noite, em uma meditação, fui para uma sala de aula a bordo de uma nave. Parado na frente da sala estava o ser conhecido por Bashar, um instrutor extra-terrestre do futuro, com quem já falei várias vezes através de seu canal, Darryl Anka. Sentado a meu lado estava um conhecido meu, outro canal. Bashar olhou para nós e disse: “Esta é uma aula sobre o medo. A qualquer momento posso transformar-me em alguma outra coisa – absolutamente qualquer coisa. Mas, vocês não saberão o que será, até que aconteça.” Foi isso. Estava aterrorizado e dei uma corrida apavorada em direção à porta, gritando: “Estou aqui fora!”
Mas, alguma coisa me impelia a ficar. Curiosidade? Talvez. De alguma forma eu sabia que precisava enfrentar meus medos, e no momento seguinte estava de volta a meu lugar, observando Bashar. De repente ele começou a se metamorfosear nas mais horríveis e monstruosas criaturas que se pode imaginar! Meu coração disparou, eu estava em pânico. Mesmo assim continuei olhando para aquela figura, cada vez mais profundamente. Sentia-me como se fosse um observador e um participante ao mesmo tempo. O que estava acontecendo ali?
Bingo! Emergi na unicidade com um repentino dardo de clareza (iluminação). Comecei a rir e não podia mais parar, durante alguns minutos. Quando o riso acalmou, olhei para Bashar com verdadeiro amor, respeito e gratidão, e disse: “Obrigado, Bashar! Esta foi a melhor aula que já tive!”. Bashar me perguntou o que aprendera dela. Respondi: “Você nunca se transformou em nada! Foram meus próprios medos do que poderia ser que se tornaram fortes e me fizeram ver as aberrações. Mas a realidade é que você nunca mudou! Os medos e o que eu via vieram de dentro de mim!” Bashar sorriu e concordou. No momento seguinte eu estava de volta para esta terceira dimensão, pensando no que acabara de acontecer.
Várias semanas mais tarde assisti uma sessão de canalização de Bashar. Precisava de confirmação sobre aquela experiência interdimensional. Disse a Bashar: “Tive uma experiência com você em sua nave.Foi uma aula. “Bashar confirmou: “Sim, era uma aula sobre o medo e você obteve um A.” Continuamos discutindo sobre a aula, para que eu e aqueles presentes à sessão pudéssemos compreender melhor. Somos seres tão poderosos e criativos, no entanto é muito raro que abracemos (aceitemos) isso dentro de nós. É mais freqüente optarmos por deixar nosso poder de lado e projetarmos nossos medos sobre os outros.
A aula com Bashar me permitiu confrontar e processar meus próprios medos e ver a insensatez de como eles podem se tornar fora de proporção. Senti muito mais compaixão por mim mesmo. Aquilo transformou minha vida e minha visão dos espíritos, da canalização e do medo! Vi o poder dentro de mim para criar, e percebi que grande serviço os instrutores espirituais nos prestam através da canalização e da meditação.Daquele dia em diante me livrei dos meus temores dos espíritos e das canalizações, o que permitiu que meu próprio processo de canalização desabrochasse.
Quando pedimos, às vezes até para nosso subconsciente, recebemos o que precisamos receber. As respostas estão todas disponíveis para nós. Na meditação ou na canalização tocamos em coisas tão profundas que nossa linguagem é limitada demais para expressar em sua plenitude. Todavia, eis uma bela explicação daquilo que experimentamos durante o processo de canalização, ou até em meditação, quando nos abrimos para mais de nossos eus-Deus. “Eu apenas tinha que pensar em uma pergunta para explorar a essência da resposta. Em um segundo compreendi como a luz funciona, a maneira como o espírito é incorporado à vida física, e porque é possível que as pessoas pensem e ajam de maneiras tão diferente.” (2) Por que essa magnífica capacidade dentro de nós, por que não quereríamos explorá-la? E ela está disponível em cada um de nós.
Mediunidade
Mediunidade é a forma de canalização que permite que nos comuniquemos, ou que canalizemos diretamente, energias astrais que desejam comunicar mensagens para membros da família ou que desejam ou pedem ajuda para se transformar e fazer a transição de uma dimensão para outra, ajudando em seu crescimento. Esses espíritos têm suas próprias agendas. A mediunidade ao longo dessas linhas é uma prática muito específica e às vezes exige que se trabalhe com outros médiuns a fim de realizar a tarefa.
Seja canalização ou mediunidade, a energia atrai energia semelhante. Assim, seja qual for nosso sistema de crenças, focos ou agendas escondidas ou abertas, é isso que atrairemos em nossa prática.
A mediunidade é com freqüência confundida com a canalização, quando os médiuns acreditam que estão canalizando grandes mestres de outras dimensões, apenas para descobrir que estão, de fato, atingindo aspectos de si mesmos, incluindo vidas passadas; porções de sua própria alma superior (que pode ou não ser um mentor); ou energias mais densas (astrais), energias que podem trazer e transferir agendas de medo, controle, manipulação, vícios, raiva ou abuso perigoso. Infelizmente, esses médiuns fazem mal uso de seus dons, porque lhes falta conhecimento, bom treinamento em mediunidade ou em canalização, e não fizeram seu próprio trabalho interior (como o de processar sua própria sombra, seu ego negativo, as subpersonalidades e as agendas ocultas), o que deixa a porta aberta para atrair essas entidades. Então, o médium/canal pode não saber como lidar com isso.
Para sermos mais simples, existem médiuns ou canais que pensavam que estivessem sintonizando grandes mentores, mas na verdade estavam canalizando astrais ou aspectos de si mesmos, suas subpersonalidades. Por outro lado, muitos desses canais destreinados e muitas vezes mal informados, acreditam que essas entidades são extraterrestres negativamente orientados com uma agenda para dominar a Terra e controlar ou destruir a humanidade. Com freqüência participam de muitas teorias de conspirações, pois existem alguns paralelos entre a experiência de abdução negativa e o plano astral. Estudos mais profundos talvez levem à compreensão do que está acontecendo.
Existe uma linha fina na canalização.
Precisa-se ser uma porta aberta para canalizar toda energia o tempo todo. Canais que não treinaram com um bom instrutor e não participaram de seu próprio processo de crescimento interior podem ser presas de cenários negativos, como canalizar aspectos de si mesmos às vezes percebidos como demônios, ETs ou astrais negativos.
Você pode ser um canal claro
Nós todos podemos nos tornar canais claros, sintonizando nosso rádio interior na freqüência que quisermos, sem estática. Então, como conectar com os verdadeiros instrutores e evitar as armadilhas da canalização? Como saber quem é quem, o que é o que? O que estamos sintonizando, e o que nos está sintonizando? Serão espíritos ou freqüências causadas pelo homem? Quais são nossos objetivos na canalização?Para que queremos usá-la? Quem ou o que queremos canalizar? Em quem confiamos ou a quem entregamos nosso poder? Será que nos conhecemos tão bem quanto pensamos? Isso será agradável ou satisfatório? Será de real ajuda para alguém? Como poderemos nos tornar um canal claro?
Ninguém resolve de repente se tornar um cirurgião sem primeiro adquirir a educação e a prática necessárias em medicina e cirurgia. Isso exige estudo, tempo, dedicação, crescimento, consciência, coragem, confiança, responsabilidade – e principalmente bons professores que transfiram conhecimento e sabedoria, não apenas através de palavras, mas através de seu entusiasmo e magnetismo (luz).
Canalizar não é muito diferente de tornar-se cirurgião. Uma pessoa pode espontaneamente começar a canalizar enquanto está em meditação, mas isso não faz nem garante automaticamente um bom canal. Tornar-se adepto também exige ter tudo isso acima, além da participação em nosso próprio processo de crescimento, em todas as camadas de nossa consciência e multidimensionalidade. Significa limpar (clarear) nossas agendas (programas de trabalhos) pessoais (subpersonalidades, eu-sombra, ego negativo), que podem corromper a canalização. Compreender, transformar e integrar a raiva, o medo, o controle e a manipulação é absolutamente necessário a fim de se tornar um canal esclarecido. Os bons instrutores de canalização fornecerão a seus alunos todos os estudos sobre canalização (incluindo mediunidade, telepatia, clarividência, aconselhamento e processos de crescimento interior) além de passar adiante muitas experiências práticas, supervisionadas.
Guia Prático da Canalização
Para os canais que desejarem trabalhar com um espírito guia ou um instrutor em especial, ofereço o seguinte: Precisamos saber o que estamos fazendo quando entramos em um estado alterado e pedimos para nos conectarmos com um ser. Precisamos saber com quem estamos nos comunicando (pedindo e conseguindo confirmação da validade da informação recebida) e como desenvolver esse relacionamento com confiança, honestidade, integridade e autenticidade. Se não souberem o que estão fazendo ou com quem estão em comunicação, é aconselhável que consigam ajuda de um bom instrutor ou de um conselheiro com conhecimento. Precisamos tratar o relacionamento de canalização assim como tratamos qualquer relacionamento sério. Devemos alimentá-lo, amá-lo, estar interessados nele e aprender com ele. Acontece que não é para se ter medo nem para sentir que precisamos de proteção contra alguma coisa, porque tudo faz parte de nós mesmos e é parte da Fonte e portanto um reflexo. (Às vezes as pessoas sentem que precisam se cobrir de tanta proteção que ninguém pode chegar até elas!) Em vez disso, precisamos nos conhecer e estabelecer o que queremos baseados em sólidas informações e claras intenções. Precisamos nos honrar, honrar o poder dentro de nós e nossos próprios sentimentos, depois nos abrirmos para receber aquilo no qual depositamos nosso interesse, criando uma atmosfera segura. O discernimento é uma senha para seguir nossos desejos de sermos canais esclarecidos, depois co-criar o que queremos com a entidade que canalizamos.
Mais regras básicas
Estas regras complementares são fatores importantes para criar um bom ambiente de canalização: intenção e foco; estar em contato com nossas emoções e necessidades; honestidade, discernimento e sintonia fina; pedir, depois receber o que pedimos; e finalmente, ser um canal esclarecido para que aconteça de acordo com a necessidade. Precisamos respeitar a nós mesmos, à entidade e àqueles que participam da canalização, considerando a todos como iguais. Precisamos amar, confiar e nos sentir merecedores daquilo que vem das mais elevadas fontes para o maior bem e crescimento de todos, sem prejudicar ninguém. Além disso, não se esqueçam de sentir gratidão para consigo mesmos e para com seus instrutores, que os abrem para que recebam mais.
Quem é quem?
Como sabermos se quem está sendo canalizado é um verdadeiro instrutor?
Um ser de luz que seja um verdadeiro instrutor, incluindo nosso Eu Superior, está ali para nós, em primeiro lugar e sempre, e nos trará mais amor, luz, clareza (esclarecimento), alegria, energia, compaixão, autorização, inspiração, unidade, cura e prosperidade. Esses seres falam de seus corações para nossos corações. Oferecem sugestões e escolhas, dão-nos ferramentas para nos ajudar em nosso crescimento, vêem-nos como iguais, honram nosso livre-arbítrio (soberania), crescimento pessoal e descoberta, e estão disponíveis para nós com amor completo e incondicional, não prejudicando ninguém. As informações deles recebidas serão confirmadas até certo ponto e serão úteis e confiáveis dia após dia (com concessões para nossos próprios processos de tempo e de crescimento, respeitando nossas escolhas ao criarmos nossa própria realidade. Eles oferecem o fato de que não são perfeitos, nem acham que sabem tudo. Às vezes eles também não estão a par de tudo. Também aprendem conosco e valorizam nosso conhecimento, amor e participação. Ajudamo-nos uns aos outros. Sentimo-nos elevados e esperançosos. Sentiremos nosso potencial mais plenamente e seremos ternamente tocados em nossos corações depois de nos comunicarmos com esses seres.
Os verdadeiros instrutores não são exigentes. Nunca nos ordenarão para fazer nada, não pedirão que os veneremos, não nos manipularão, nem nos farão sentir inferiores ou nos tratarão como dependentes. Também, nunca nos fornecerão todas as respostas; nem tentarão nos controlar; e não tentarão ser nossa única fonte de informações. Não nos farão ter medo, raiva ou impotência, não serão abusivos, não colocarão em perigo nem a nós nem aos outros, nem nos encorajarão a fazer mal a nós mesmos ou aos outros. E eles não se sentirão superiores a nós, nem permitirão que nos sintamos superiores a outros. Nunca tentarão nos fazer pensar que seu caminho é o único caminho; nunca tentarão melhorar nossos egos negativos nem terão nenhum conflito de emoções (nenhuma raiva). Os verdadeiros instrutores nunca insistirão para que nos separemos da família, dos amigos, ou da sociedade, nem negarão nossos eus completos, incluindo nossas emoções e sexualidade. Serão cuidadosos para não diminuir nossa energia nem nos deixar sentir desamparados ou piores do que quando os procuramos para pedir auxílio.
Se tiveram experiência com uma energia nociva, negativamente orientada, agora é hora de olhar para o que atraíram para si e porque. Talvez isso exija uma profunda pesquisa de alma, mas terá valido a pena, se vocês a compreenderem e processarem. Lembrem-se, energia atrai energia igual, portanto, isso é seu reflexo. Talvez seu caminho de aprendizado seja através desse portal em especial. Não há erros nem vítimas, só ignorância, falta de treinamento, de conhecimento e medos de se encarar. Se não podem fazer esse trabalho interior por si mesmos, encontrem alguém qualificado que possa ajudá-los.
A canalização é um processo interminável, sempre exigindo melhoria. Ao assumir a responsabilidade por nós mesmos e por aquilo que acontece por meio de nós, tornamo-nos capazes de sermos canais esclarecidos e metafísicos maduros. Felizmente, com as orientações acima mencionadas, vocês estão agora mais capazes de determinar o que é canalização autêntica e clara.
O poder e a capacidade de mudar vêm do interior do eu, o criador dentro de nós. Quanto mais conhecermos, amarmos e respeitarmos a nós mesmos, maior probabilidade teremos de atrair instrutores melhores, que serão atraídos a nós através da afinidade, oferecendo-nos potencial ainda maior para o crescimento. A canalização clara oferece essas possibilidades a todos nós, e dentro desse processo completo estão as dádivas e os milagres prodigiosos para o eu, a humanidade e o planeta.
REFERÊNCIAS
1. Saved by the Light, de Dannion Brinkley e Paul Perry, 1944, p. 127.
2.Idem, p. 30