THOTH DIVINDADE EGÍPCIA
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“O QUE ESTÁ EM CIMA É COMO O QUE
ESTÁ EMBAIXO, E O QUE ESTÁ EMBAIXO
É COMO O QUE ESTÁ EM CIMA”
A TÁBUA AS ESMERALDAS.
Os antigos egípcios tinham a mais elevada veneração por Thoth, que para eles era o Deus criador desde que trouxera para a Terra o uso da escrita hieroglífica, da alquimia, da matemática, da arquitetura, da medicina, da magia, da alquimia, enfim a base de todas as ciências que levaram os egípcios a um altíssimo nível de conhecimento. Segundo Platão foi Hermes (Thoth) o pai da geometria, revelador do uso dos números, da geometria, astronomia e as letras. Deixou mais de dois mil livros escritos[1][1], quase todos destruídos quando do incêndio da Biblioteca de Alexandria.
Thoth compreendia todos os mistérios da mente humana, pelo que há no “Livro dos Mortos” do Egito ele representa o advogado da humanidade. Em muitas pinturas é representado Anúbis ao lado da balança na qual era pesada a alma do morto ante o tribunal do julgamento, onde ele aparece diante da balança na qual era pesado o coração do morto. De um lado, num dos pratos da balança, era posto uma pena simbolizando a verdade, e do outro lado o Ab simbolizando o coração do morto. Cabia a Thot examinar a mente e determinar a dignidade do morto. No grande tribunal está Thot de pé diante da balança do julgamento dos homens penetrando na mente para julgar os sentimentos e propósitos. O escriba que nas gravuras está representado na presença de Osíris diante do julgamento das almas. Egípcios antigos acreditavam que antes do morto entrar no Além, primeiramente o coração dele deveria ser pesado na presença de Osíris. No mínimo o coração do morto deveria ter o peso de uma pena. O escriba Thot anotava criteriosamente o resultado de cada julgamento, assinalando se aquele que estava sendo pesado havia ou não se conduzido bem, se tivera uma vida digna e honrada. Por isto os egípcios diziam que Thot era o escriba confidencial do deus Osíris, o secretário de todos os deuses e fora ele quem trouxera para a Terra, entre inúmeras outras coisas, a música, assim como a instituição de um calendário anual constante de 365 dias, semelhante ao que somente muito depois foi oficializado e é utilizado na atualidade.
No mito simbólico da morte de Osíris, diz a Tradição egípcia que Thoth ensinou à deusa Ísis a conjurar encantos contribuindo assim decisivamente para que aquela deusa pudesse reconstituir totalmente o corpo do seu irmão Osíris que havia sido desfeito em pedacinhos. Por isto, segundo consta, toda a magia egípcia fora ensinada por Thoth.
Os egípcios se referiam a Thoth como sendo a mente e a língua de RA. Também representava a mente e a palavra falada de RA. A palavra constituía o poder com que RA objetivava suas idéias.
No Egito existiu uma casta de sacerdotes seguidores de Thoth, constituída pelos maiores conhecedores das ciências da época, especialmente da aritmética. Aqueles sacerdotes afirmavam que toda inspiração que tinham provinha de Thoth.
Para muitos estudiosos tudo o que existe registrado a respeito daquela figura enigmática é meramente lendário, sendo a sua história nada mais que mitos. Quando muito são referências ao principal escriba que apenas transcreveu os conhecimentos existentes em sua época. Mas, igualmente outros estudiosos da História Antiga do Egito, o consideram pelos feitos assinalados se tratar de um ser dotado de poderes divinos. Podemos afirmar que esta é a verdadeira natureza de Thoth, tratava-se de um ser que compreendia todos os mistérios da mente humana, pelo que no está representado no “O Livro dos Mortos” como o advogado da humanidade.
Seria Thoth descrito nos papiros antigos o mesmo que os gregos chamaram de Hermes? Há muitos indícios de que se tratam de seres distintos. Muitas vezes, os próprios gregos referiram-se a Hermes Trismegisto como não nascido de mulher, conseqüentemente que ele não tivera um corpo físico biológico e sim um corpo aparente com o qual se apresentava diante dos homens. Mas, por outro lado, a própria mitologia grega fala do nascimento de Hermes, como um dos integrantes do Olimpo, filho de Zeus e Maia e que nascera em uma caverna onde fora deixado por sua mãe. Assim sendo, já podemos ver que os escritos gregos dão margem a se entender a existência de duas figuras distintas. Uma aquela do filho de Zeus e Maia chamada de Hermes e a outra um ser não nascido de mulher. Este corresponde precisamente ao que dizem os egípcios a respeito de Thoth. Enquanto a Mitologia grega atribui uma mãe a Hermes os documentos do Antigo Egito dizem que Thoth não foi nascido de mulher, que por isto era considerado um ser divino. Isto permite suspeitar de que o Hermes grego não é aquele referido no Antigo Egito com o nome de Thoth. O que houve foi que os gregos viram semelhança entre os feitos atribuídos a Hermes com os atribuídos pelos egípcios a Thot, e por esta razão erroneamente os associaram como uma mesma pessoa Hermes Trismegisto. Na verdade a quase totalidade dos ensinamentos assinalados como pertencentes a Hermes Trismegisto dizem respeito a Thoth, deus egípcios, e não ao deus Hermes da mitologia grega.
Não é somente a Hermes que Thoth tem sido comparado. Na realidade o Hermes a que se refere o Hermetismo tem sido comparado com importantes figuras de diversas culturas. Assim o feitos de Thoth são atribuídos a diversos nomes sagrados de diferentes culturas. Na civilização egípcia era Thoth; na grega era Hermes; na romana, Mercúrio; na maia, Quetazcoatl; na Atlante, Chiquitet, ou Khan (Ken). Os Sumérios e outros povos da Mesopotâmia adoravam deidades lunares virtualmente idênticas a Thoth. A Lua Deus, da Suméria, denominado Sin, tal como Thoth era aquele encarregado de medir a passagem de tempo.
Thoth é apresentado nos desenhos do Antigo Egito como a figura de Íbis, um pássaro grande integrante da fauna do Nilo.
Os Egípcios associavam o bico encurvado e longo da íbis com a Lua e por sua vez a íbis era, segundo a crendice popular, considerado um dos representantes terrestres de Thoth. Segundo a antiga Tradição egípcia, Thoth era o deus da Lua, o deus de sabedoria, o medidor do tempo, e o inventor do sistema de escrita, criador dos hieróglifos e do sistema de numeração. Em outros registros ele era apresentado tendo sobre a cabeça uma gravura simbólica composta pelo disco do Sol e o crescente da Lua.
Nas inscrições egípcias e nas lendas consta que o conhecimento de Thoth era imenso e que chegou a ter a capacidade de calcular e medir os céus, e até mesmo teria sido Ele Quem o planejou. Como já mencionamos antes, creditou-se-lhe o papel de criador inventor da astronomia, da astrologia, da botânica, da geometria e agrimensura e de um avançadíssimo sistema de trabalhar a pedra o que permitiu a construção dos grandes monumentos egípcios entre os quais a Grande Pirâmide de Gisé.
Existem muitas versões para o nome de Thoth. Em hieróglifo o seu nome é Tehuti cujo significado literal é: “Ele Quem Equilibra”. Outras vezes é mencionado como Khufu, nome que os gregos traduziam por Cheops. De acordo com o historiador do terceiro século, Manetho, Khufu era um ser de uma estirpe diferente das pessoas comuns. Há textos antigos que dizem haver sido Cheops/Khufu quem escreveu o Livro Gênesis que posteriormente foi compilado de forma modificada pelos hebreus passando então a integrar o Pentateuco do Antigo Testamento.
Para os egípcios Thoth era o Deus do equilíbrio por isto nas gravuras ele era estampado como “Mestre da Balança” indicando estar ele associado com os equinócios – o tempo quando o dia e a noite eram equilibradas. Tido como o mais eficaz dos escribas de toda a civilização egípcia, e que segundo alguns pesquisadores escreveu cerca de cem mil manuscritos (papiros). Representou um papel crucial nas designações e orientação de templos e ziggurats. Era um escriba, moralista, mensageiro, e o mágico supremo. Considerado o deus protetor de todas as artes, ciências, e produções intelectuais.
Em decorrência da ligação da cultura ocidental com a civilização grega a imagem de Thoth chegou até a atualidade como sendo Hermes acrescido do termo Trismegisto, que significa três vezes grande, ou, três vezes sublime. Era tríplice em três sentidos religioso, cientifico e artístico. Religião, ciência e arte formam nele um triângulo eqüilátero. Mas segundo o Hermetismo, o termo “Trismegistus” tem um outro significado. A Thoth é conferido o nome “Trismegistus” por haver sido Grande Mestre de três civilizações, na Lemuriana, na Atlanta e na Ariana.
O Texto Hermético chamado o Kore Kosmu, escrito em Alexandria no Antigo Egito, cita Thoth como “O Todo Astuto”, desde que ele entendia de todas as coisas.
Os ensinamentos de Thoth, em parte foi gravado em pedra, especialmente aquilo preservado para o futuro, principalmente os símbolos sagrados dos elementos cósmicos. Diz a Tradição Antiga que Ele entendia de todos os “mistérios dos céus”, parte dos quais deixou inscrito em livros sagrados que foram mantidos ocultos, a não ser para os Grandes Iniciados e Veneráveis Herméticos. Tais escritos deveriam ser progressivamente conhecidos pelas gerações futuras na medida em que o desenvolvimento espiritual o permitisse. Até então somente aqueles que fossem merecedores poderiam ter acesso. Estes livros sagrados são freqüentemente chamados de “Os 42 Livros de Instruções” ou “Os 42 Livros de Thot” que trazem os mais elevados conhecimentos esotéricos, místicos e metafísicos e sobre os quais se baseia a Gnosis Egípcia. Neles está registrado um imenso cabedal de instruções capazes de conduzir o ser humano à libertação do ciclo de reencarnações e a tomar ciência da Unificação Cósmica. Consta neles os meios da pessoa chegar à imortalidade constituindo-se isto a base da Alquimia Hermética[1][2]. Apenas uma pequena parte desse trabalho de Hermes foi encontrada até a presente data, mas dizem que grande parte dos escritos sagrados está guardada nas pirâmides. A Ordem Hermética afirma que parte desse conhecimento já foi encontrada dentro do “Corredor de Registros” embaixo da Esfinge no Egito e dos quais derivou a Alquimia.
Em contraposição à afirmação ao que dizem muitos egiptólogos que não existe indícios de um citado “Templo da Esfinge” os Veneráveis Herméticos afirmam o inverso. Conseqüentemente para uns não passam de lendas tudo o que é dito a respeito do “Templo da Esfinge”, enquanto para outros são verdadeiras as imagens sagradas esculpidas ao longo das passagens das paredes de pedra do Templo da Esfinge. Trata-se de um corredor que conduz para uma câmara divina, contudo as “chaves” para a decifração das mensagens somente no momento preciso serão reveladas para a humanidade. Na verdade atualmente já estão sendo liberados ensinamentos que dizem respeito a mais alguns Princípios, além dos Sete Pricípios Herméticos clássicos.
Nos escritos de Thot há descrição sobre todas as raças que já viveram na terra, com referências sobre onde toda a vida começou. Parte disto consta em documentos conhecidos pelo título de “Textos de Pirâmide” onde uma união com a íbis Thot acontece na área pantanosa do Delta. Os “Textos de Pirâmide” se constitui de uma coletânea de orações mortuárias egípcias, hinos, e feitiços destinados a protegerem um rei ou rainha após a morte para lhes assegurar vida e alimento no futuro.
Os textos sobre os ensinamentos de Thoth têm várias origens, alguns oficialmente aceitos pela arqueologia oficial e outros apenas pelos “iniciados”, pois a fonte destes conhecimentos são reservados aos membros da V:.O:.H:. Em parte os conhecimentos não oficiais já foram divulgados em algumas obras reservadas, entre elas A “Tabua das Esmeraldas” e o “Livro Sagrado de Thot” e mais conhecidas o “Corpus Hermeticum” e “Pistis Sophia”.
Alguns textos herméticos foram inscritos nas paredes das câmaras internas da pirâmide de Saqqarah da 5ª e 6º dinastia no período compreendido entre 2686 a.C. e 2160 a.C. Aqueles escritos são os mais antigos escritos funerários de conhecimento público. Consta neles que Thoth tivera uma esposa de nome de Ma’at, que significa “Verdade”, “Justiça”, mas não se sabe se isso tem sentido simbólico ou não. O que se sabe é que Ma´at, “verdade”, era representada como uma mulher alta com uma pena de avestruz no cabelo e que estava presente no julgamento do morto. Era exatamente aquela pena que era pesada contra o coração do morto.
MAAT
Desde os primórdios da civilização do Egito os direitos civis eram assegurados pela “Lei de Ma´at” deixada por Thoth. Trata-se essencialmente de uma série de concepções e normas morais. Qualquer lei que fosse contrária à Lei de Ma´at não era considerada válida no Egito. Também era conhecida pelo nome de Nehemaut ou Sophia.
De acordo com uma velha tradição maçônica, o deus egípcio Thoth deixou para a humanidade os principais conhecimentos da arte da arquitetura havendo sido transmitido à humanidade depois do dilúvio.
Segundo os ensinamentos de Thoth, a Grande Pirâmide foi construída seguindo as proporções geométricas do corpo humano. Em defesa dessa afirmativa diz-se que da mesma maneira como um clarividente percebe no corpo humano espirais negro-claro, espirais de branco-luz, assim também podem ser visualizadas por sensitivos espirais semelhantes saindo da Grande Pirâmide. Existe uma “lenda” que diz que uma dessas espirais passava exatamente por uma das extremidades do sarcófago que está na Câmara de Reis, mas que, em período recente, um diretor do Departamento de Antiguidades do Egito mandou deslocar o sarcófago de sua posição original, por causa de coisas estranhas que as visitas sentiam e tinham por hábito colocar no sarcófago visando virtudes inusitadas. Essa propriedade foi descrita por Hermes, no período do Antigo Egito o iniciando deitava-se no sarcófago de tal modo que uma coluna de energia, criada pela espiral de branco-luz, atravessava a sua cabeça o que permitia ao iniciando unificar a sua consciência com a espiral de branco-luz e assim ser projetado em elevadíssimo nível de consciência. Depois de três dias e meio o iniciado era retirado do sarcófago e trazido para a Câmara da Rainha onde uma outra coluna de energia diferente ajudava a estabilizar a parte de trás. Nesse processo ocorria uma troca, uma transmutação, em nível de consciência de 1/3 da consciência objetiva humana por igual quantidade de Consciência Crística (Consciência Cósmica). Assim, no iniciado, surgia um certo nível da Consciência Superior o que lhe permitia a partir de então agir como um ser dotado daquilo que hoje chamam de Cristo-consciência. Diz Hermes: “Quando a consciência objetiva retrocede, nasce a sabedoria. A ciência que desperta essa sabedoria é o segundo aspecto hermético da sublimidade”.[1][3] Afirma Hermes que esse mesmo tipo de troca é idêntico ao que o gênero humano experimentará durante ascensão planetária.
Embora falem da sabedoria de Hermes escrita em cem mil manuscritos – em grande parte destruídos no incêndio da Biblioteca de Alexandria – na realidade, como diz J. van Rijckenborgh[2][4], “A sabedoria hermética não se conteria em todos os livros do mundo! Pois essa sabedoria é livre de todo o saber tradicional”. Trata-se da Sabedoria Universal que não está escrito em livro algum, mas a qual o estudioso sincero facilmente tem acesso, pois que ela existe para que o ser humano possa usá-la e com ela escapar do mundo dialético que o aprisiona.
Na verdade qualquer pessoa que se disponha pode recebê-la diretamente do seu próprio PIMANDRO